segunda-feira, outubro 22, 2007

A mercadoria e seu valor como componentes da fórmula geral do capital em Marx

Segundo Marx, a riqueza nada mais é que um conjunto de mercadorias. Cada mercadoria equivale a um valor criado através do trabalho, a mercadoria vale pelo trabalho cristalizado que ela contém. Uma mercadoria não possui valor de uso, apenas valor de troca. Valor de uso é característica presente no trabalho útil, um trabalho que não crie valor de uso é um trabalho inútil. Quando o trabalho empregado se destina a criar valor de uso entende-se que o produto final será consumido ou utilizado por que produziu aquele valor de uso. Se o valor criado se destina à troca, logo ele adquire valor de troca.
Nesse contexto há duas intenções para que a mercadoria seja trocada no mercado, uma delas significa que determinado trabalhador produz uma mercadoria mas não vai consumí-la, pois pretende trocá-la por outra no mercado. Marx conceitua esta forma de troca como M-D-M, em que M representa a mercadoria possuidora de valor de troca e D significa o dinheiro adquirido pela venda de tal mercadoria. Este movimento demonstra que o trabalhador fez determinada mercadoria e a vendeu no mercado por determinado preço, com o dinheiro auferido adquiriu outra mercadoria. A outra intenção para troca de mercadoria é ilustrada da seguinte forma: D-M-D, ou seja, com a posse do dinheiro, uma mercadoria é adquirida e vendida novamente. Mas qual é a vantagem em comprar determinada mercadoria e revendê-la pelo mesmo preço? Aqui que entra a explicação de Marx para o capitalismo, ele demonstra que para o capitalista a fórmula do capital é a seguinte: D-M-D’, em que D’ significa ∆ + D, sendo que ∆ é chamado de mais-valia. Marx também explica que esta mais-valia depende do valor a mais cristalizado na mercadoria, ou seja a mercadoria precisa adquirir um valor maior para que seja revendida no mercado por um preço maior. Este mais-valia tem que ser fruto do trabalho, uma vez que apenas o trabalho cria valor.

Nenhum comentário: