sexta-feira, julho 08, 2011

Natureza complexa e holística da aprendizagem nas organizações

É importante notar que o amplo contexto sócio-cultural ao nível da organização, indústria e país tem um papel determinante nas atitudes gerenciais desenvolvidas através da aprendizagem, educação e desenvolvimento. Nesse contexto, aprendizagem pode ser definida como a liberação de conhecimento através de novas aprendizagens e autoquestionamento.
O grau de poder e controle das organizações encoraja a manutenção da dependência dos indivíduos em relação aos recursos da organização de forma a reforçar o aprendizado. Este controle não é só sobre como os gerentes aprendem, mas também o que eles aprendem.
Nas organizações onde o encorajamento é genuíno, há maior probabilidade que os gerentes sejam autodependentes e que tomem suas decisões de aprender baseado no seu julgamento sobre as áreas que precisam ser desenvolvidas. Nestas organizações, os gerentes estão mais dispostos por possuir metas de aprendizagem com vistas ao desenvolvimento pessoal, que por sua vez será importante para a sua empregabilidade.

Naquelas organizações onde os gerentes aprendem de forma a satisfazer os requerimentos, essencialmente eles não aprendem, eles meramente seguem as regras do jogo.
A necessidade de auto-atualização é estritamente conectada com a necessidade de pertencimento e de ações que são socialmente aceitáveis.
A aprendizagem individual é significantemente afetada por práticas organizacionais e as práticas de aprendizagem gerencial refletem as orientações das organizações sobre o que aprender.
A aprendizagem gerencial é um reflexo da identidade institucional dos gerentes, de forma que eles buscam responder aos interesses locais com comportamentos automáticos que mantém o status quo.
A dominação do isomorfismo institucional, particularmente no contexto de mudança, é uma forma de encorajamento para que os gerentes copiem ou imitem outros.
A aprendizagem individual não é vista como impactante na aprendizagem organizacional, na maioria das vezes porque ela é limitada dento da estrutura dominante existente, a qual reforça seu status quo.

ANTONACOPOULOU, E.P. The Relationship between Individual and Organisational Learning: New Insights from Managerial Learning Practices, Management Learning, v. 37, n. 4, p. 455–473, 2006.

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